Sou a Maçonaria
Faz muito tempo que nasci. Nasci quando os homens começavam a acreditar
em um Deus único. Fui combatida, vilipendiada e até fizeram troça do meu
ritualismo e doutrina mas, através dos tempos foram reconhecendo minha
seriedade e princípios, acabei sendo reconhecida como uma entidade
íntegra que congrega homens íntegros. As encruzilhadas do mundo ostentam
catedrais e templos que atestam a habilidade de meus antepassados. Eu me
empenho pela beleza das coisas, pela simetria, pelo que é justo e pelo
que é perfeito. Espalho coragem, sabedoria e força para aqueles que as
solicitam. Para comprovar a seriedade de meus princípios, sobre meus
Altares está o Livro Sagrado, a Bíblia, e minhas preces são dirigidas a
um só Deus Onipotente. Meus filhos trabalham juntos, sem distinções
hierárquicas, quer seja em público, quer seja em recintos fechados, em
perfeita união e harmonia. Por sinais e por símbolos, eles ensinam as
lições da Vida e da Morte, as relações do homem para com Deus e dos
homens para com os homens. Estou sempre pronta a acolher os homens que
atingindo a idade legal e que sejam possuidores de dotes morais e
reputação acima de qualquer reparo, me procuram espontaneamente, pois,
não faço proselitismo nem campanhas para angariar adeptos. Eu acolho
esses homens e procuro ensiná-los a utilizar meus utensílios de
trabalho, todos voltados para construir uma sociedade melhor. Eu ergo
os caídos e conforto os doentes. Compadeço-me do choro de um órfão, das
lágrimas de uma viúva e da dor dos carentes. Não sou uma Igreja nem um
partido político, mas meus filhos têm uma grande soma de
responsabilidade para com Deus, para com sua pátria, para com seus
vizinhos, para com a comunidade em geral. Não obstante são homens
intransigentes na defesa de suas liberdades e de sua consciência.
Propago a imortalidade da alma porque acredito ser por demais pequena
uma só vida no imenso universo em que vivemos. Enfim, sou uma maneira de
viver.
Eu sou a Maçonaria.
(PGM Erwin Seignemartin)